terça-feira, 9 de setembro de 2008

CRISE DE IDENTIDADE

Não posso enxergar um futuro promissor para nossa cidade, pois nesta eleição teremos a difícil missão de escolher entre a eterna mesmice que há anos vem dominando os nossos destinos, tentando se perpetuar no poder e a arrogância desmedida do imperialismo capitalista instalado em nossa terra há algumas décadas.
Interessante é observar que a mesmice atual já foi brilhante no passado onde protagonizou estrondosas vitórias contra seus adversários a ponto de quase não existir quem a desafiasse, pois derrotá-la era uma grande utopia, sendo esta anos mais tarde desmitificada. Por outro lado é importante ressaltar que a dita arrogância ainda não dirigiu o público, pois ela veio a notabilizar-se no privado. Isso sem falar no fato de que ambas não nasceram do ventre de Valença, sendo adotadas como adultas, ou seja, o amor que elas sentem pela mãe não é o mesmo de um filho natural.
Tamanha crise de identidade é um tanto preocupante, uma vez que no passado a cidade foi berço de significativas lideranças que brilharam no cenário político estadual e até nacional. Todas estas lideranças, além de filhos da terra e darem sua contribuição para elevar o nome de Valença no mais alto dos patamares, deixaram raízes em nossa terra como continuadores de sua missão. No entanto, os filhos de Valença acomodaram-se em ver nossos destinos serem conduzidos por gente de fora que não possuem nenhuma identificação com nossa história. A grande pergunta que se faz hoje é: Onde estão os verdadeiros valencianos? Até quando vamos ter que votar em gente que não é da gente? Isso de certa forma contribui para a tal crise acima citada.
Valença é dos valencianos e está na hora de um deles dirigir os seus destinos para quem sabe a partir daí esta cidade possa alcançar a tão sonhada prosperidade. Enquanto isso não acontece teremos que nos contentar em escolher uma destas opções, não com a convicção de que uma delas seja a melhor, e sim partindo do pressuposto de que entre dois males há sempre um menor. Não quero com isso me colocar como diferente dos outros que defendem como ideal uma das opções que aí se apresentam para a nossa população. O que estou querendo é simplesmente conscientizar o nosso povo de que qualquer que seja o vitorioso neste pleito, ainda estará distante do que realmente merece a nossa mais do que bicentenária Valença do Piauí, não só pela honrosa e magnífica história, mas para que acima de tudo nossa cidade possa voltar a sorrir.
Que me desculpem os que vierem a discordar do meu posicionamento, é só uma opinião franca e sincera de quem um dia através de um simples voto já teve muita esperança de dias melhores para nossa terra. E antes que eu me esqueça, não sou candidato a nada, pelo menos nesta eleição.

Um comentário:

Sem Dogmas disse...

Caraca Ailto! tu é doido msm cara.
Parabéns,texto genial.