sexta-feira, 27 de março de 2009

DEUS NOS TESTA.

Esta é uma afirmação que tenho defendido como resposta para tantos sofrimentos, angústias e aflições existentes em nossa vida. Ao mesmo tempo que Deus nos testa, Ele procura nos mostrar os caminhos a serem percorridos para que saiamos de tais tribulações. No entanto há quem defenda que Deus não age desta forma, pois assim não estaria nos amando. Mas, afinal, como explicar o fato de que inúmeros seres humanos de bom coração, praticantes de boas ações, tementes ao próprio Deus, passarem por tantos percalços em suas vidas? Muitos, em momentos de desespero, chegam até a questionar a existência de um ser supremo, enquanto outros que acreditam, alegam abandono por parte do mesmo. Todavia há aqueles que acreditam que tudo isso parte do próprio Deus com o objetivo de aumentar a nossa fé, bem como de fazer com que acreditemos que ela é o único instrumento capaz de superar tais obstáculos, pois quando afirmamos ter fé, não podemos nos acomodar em apenas acreditar, e sim, lutar, sofrer na pele, tentar o impossível. Parece difícil, mas fé é isto.
Acredito que Deus, quando age desta maneira em nossas vidas, tem um grande prêmio guardado para nós como forma de recompensa pela nossa fortaleza. O importante é entender que Ele não nos abandona e por mais que fraquejemos algumas vezes, nos levanta para que consigamos vencer todos os nossos desafios, sejam eles quais forem e seja qual for a religião a que pertençamos, pois Deus tem muito mais a oferecer para nós do que aquilo que realmente precisamos, pois existe somente um Deus e, portanto, uma única fé.

quinta-feira, 19 de março de 2009

FUTEBOL ESQUECIDO

Foi-se o tempo em que Valença respirava futebol. Nesta terra em um passado recente, chegou a despontar como um dos maiores celeiros do futebol amador piauiense. Não vou aqui falar da época em que Valença conquistou o seu primeiro e único título intermunicipal, em 1958, pois nesse período não havia sequer nascido. Relatarei uma época em que pude acompanhar de perto, como torcedor apaixonado pelo futebol valenciano. Refiro-me à gloriosa década de 90, onde éramos respeitados e temidos pela valorosa safra de craques que encantaram nossos torcedores. Nesse período, Valença ganhou três títulos da Copa Piauí de futebol amador, evento promovido pelo Grupo Claudino, sendo dois deles com o CROVAPI em 1993 e 1996 e um com o SEVAPI em 1994, sendo vice campeã em 1992 e 1995 com os mesmos times respectivamente e a nossa seleção quase foi bi campeã do intermunicipal em 1999, quando perdemos a final para Brasileira, nos pênaltis. Quem não lembra da velha rivalidade entre CROVAPI e SEVAPI, que lotavam o estádio Gaudêncio Veloso, palco de grandes espetáculos, mesmo, jogando-se ainda em um campo de terra batida, pois ainda não existia gramado. Nomes da terra como Augusto filho, Voni, Iran, Railton, Gabriel, contando ainda com alguns de fora como Zezinho, Deonato, Didi, Pedro Nilson, Goiano e ainda aquela grande seleção de masters formada por Carlinhos Sampaio, Joaquim filho, Zezinho, Tião, enchiam de orgulho a nossa querida terra, o torcedor tinha o prazer de assistir a uma partida de futebol.
Naquela época, o poder público, o mesmo que está hoje no poder, priorizava o esporte, sobretudo o futebol, basta ver a total reconstrução do nosso estádio de futebol, principal praça de esportes do município, ocorrida em 1991.
Hoje o futebol valenciano está pedindo socorro, pois já são aproximadamente dois anos que nenhum campeonato é realizado. A "seleção" valenciana, esta não precisa nem falar, pois não consegue se destacar sequer na região valenciana. Hoje os campeonatos são feitos em campos privados com a ajuda e boa vontade daqueles que gostam de futebol, onde muitas vezes gastam do próprio bolso para tal fim.
No município existe uma coordenação de esportes que só se preocupa com o atletismo, o que aliás é louvável, visto que é uma prática esportiva benéfica e promissora. No entanto, esquecer o futebol - esporte mais popular do Brasil e do mundo, é esquecer também a nossa cultura, pois o futebol está na alma do povo. Afinal, não podemos deixar que Valença continue a ser a terra do já teve, e permanecer vivendo só do passado, pois ainda não possuimos museu, apesar da nossa rica história.