sexta-feira, 15 de maio de 2009

POLÍTICA TEM DESSAS COISAS.

Era o ano de 1992, onde seria escolhido o sucessor do prefeito Francisco Alcântara em seu primeiro mandato. Joaquim Lima Verde era o candidato do PFL e do governo. O então vice-prefeito José Pereira de Brito(Zequinha Brito) como é mais conhecido, era candidato a vereador, com grandes chances de ser eleito. O vereador Gregório Veloso naquele ano não disputou a reeleição no legislativo, pois era o candidato a vice-prefeito na chapa de Joaquim. No decorrer da campanha, Zequinha pediu a Gregório, seu então concunhado, o conjunto musical Gota D'água de sua propriedade para realizar uma festa na localidade Isidória. Localidade esta que tinha um candidato natural do lugar, tratava-se do líder comunitário Assis Tôrres, ex-cabo eleitoral de Gregório. Por sua vez, Gregório disse a Zequinha que não poderia atender ao seu pedido, pois já tinha cedido o referido conjunto para Assis realizar uma festa na mesma comunidade. Zequinha, não conformado promoveu outra festa para concorrer com a de Assis, onde perdeu feio.
Revoltado, Zequinha foi até Gregório e atribuiu-lhe a culpa por não ter tido êxito na festa, dando início a um acalorado bate boca. Com os nervos à flor da pele, a discussão entre os dois terminou em um baixo nível como transcrito a seguir:

ZEQUINHA: "Olhe, o Joaquim vai ser o prefeito".
GREGÓRIO: "Vai mesmo, eu inclusive vou ser o vice".
ZEQUINHA: "E quando o Joaquim for o prefeito eu vou te f....!
GREGÓRIO: "Pois eu vou te f.... antes do Joaquim ser prefeito.

A eleição seguiu e como já esperado, Joaquim se elege sem maiores problemas, elegendo ainda 9 dos 12 vereadores de sua bancada para a câmara municipal. Curiosamente Zequinha não figurava entre os eleitos. O principal responsável pela sua derrota foi Gregório Veloso, que por conta daquele desentendimento arregassou as mangas na última semana de campanha, concentrando todas as suas forças em um dos redutos de Zequinha, a localidade Fumal, onde conseguiu tomar boa parte de seus votos em favor do candidato Newton Borges, que também era detentor de grande densidade eleitoral naquele povoado. No final, Zequinha perdeu a eleição por apenas 30 votos e Gregório saiu vitorioso duplamente, pois além de ser eleito vice-prefeito, conseguiu derrotar o seu neo-desafeto. Por conta disso, os dois passaram aproximadamente 15 anos sem se falar, o que só veio a acontecer, sorrateiramente, em 2007. Coisas da política.

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